Selecione os profissionais para fazerem parte do seu time.
Vamos começar? Eu sou o Carlos e vou guiar você neste jogo. No último ano, a prevalência de quedas da sua unidade cirúrgica (15 leitos) aumentou 52%. Das quedas que aconteceram, 12% foram quedas com dano e um paciente foi a óbito. Além disso, o tempo de permanência na unidade aumentou em 35%.
Eu gostaria que você liderasse uma equipe de melhoria para diminuir as quedas na sua unidade, utilizando o Modelo de Melhoria; para isso, você terá 9 meses.
Aceita esse desafio?
Parabéns!
Com mais pessoas trabalhando com o mesmo propósito será mais fácil atingir o objetivo. Agora, vamos montar seu time?
Lembre-se: Os times de melhoria devem ser compostos por pessoas que desejam mudar a situação atual para tornar sua unidade mais segura para os pacientes; profissionais parceiros, que sejam respeitados pelos colegas e tenham participação ativa em inovações. Pessoas motivadas são sempre bem-vindas. Não é necessário que os componentes tenham cargo de gestão nem que estejam trabalhando há muito tempo na instituição. Deixe os apáticos e resistentes para uma próxima etapa.
Todos os profissionais aceitaram este desafio com você e seu time está formado.
Como primeira tarefa deste time, vocês precisam definir o objetivo deste projeto de melhoria.
Lembre-se: precisamos diminuir as quedas da unidade em nove meses.
Em 9 meses? Não vamos conseguir.
Acredito que, se definirmos um objetivo coerente e trabalharmos em equipe, iremos conseguir diminuir as quedas nesse período.
O número de quedas está muito alto! Não podemos ser audaciosos e querer zerar a prevalência, mas podemos iniciar objetivando reduzir pela metade. O que acham?
Contem comigo e com meus colegas fisioterapeutas para as mudanças.
Isso será ótimo para os pacientes. Estou muito feliz em fazer parte desse time.
Concordo com o Gustavo, acho que reduzir a prevalência pela metade é possível.
Não consigo me comprometer nesse momento, mas contem comigo se precisarem de ajuda com a farmácia.
Tenho muitas ideias para alcançarmos nosso objetivo, vamos lá.
Posso sensibilizar a equipe médica para nos ajudar a conquistarmos nosso objetivo.
Acho que é possível reduzirmos a prevalência pela metade em 9 meses.
Agora que você tem um time de melhoria, o objetivo definido e os indicadores de processo e resultado escolhidos, vamos iniciar as mudanças! Mas se lembre: nem toda mudança é uma melhoria, mas precisamos mudar para melhorar!
Então, quais mudanças podemos fazer que resultarão em melhoria? Para responder essa pergunta, utilizamos ferramentas propostas pelo Modelo de Melhoria que irão direcionar nossas ações, como o diagrama direcionador.
O diagrama direcionador é uma ferramenta que agrupa as mudanças que devem ser testadas e implementadas para alcançarem o objetivo do projeto de melhoria. Esse instrumento é elaborado com base em evidências científicas e em boas práticas de cuidado. Ele funciona como um mapa de voo para equipe.
Nem todas as ideias de mudança apresentadas no diagrama direcionador precisam ser testadas; algumas são ações que podem ser diretamente executadas. Todas as ideias que possuem mais de uma forma de realização precisam ser testadas. De forma oposta, todas as ideias que só possuem uma forma de realização, são ações.
Classifique as ideias de mudança abaixo como AÇÃO (não necessita teste) ou TESTE (precisa ser testada a melhor forma de realização).
Arraste os itens.
Identificar os pacientes com risco de queda.
Colocar a campainha de chamada ao alcance dos pacientes.
Retirar os obstáculos ao redor da cama e nos principais locais de passagens.
Usar folder para pacientes e familiares sobre comportamento que previne queda.
Selecione a resposta correta.
Nem todas as ideias de mudança apresentadas no diagrama direcionador precisam ser testadas; algumas são ações que podem ser diretamente executadas. Todas as ideias que possuem mais de uma forma de realização precisam ser testadas. De forma oposta, todas as ideias que só possuem uma forma de realização, são ações.
Classifique as ideias de mudança abaixo como AÇÃO (não necessita teste) ou TESTE (precisa ser testada a melhor forma de realização).
1. Identificar os pacientes com risco de queda.
2. Colocar a campainha de chamada ao alcance dos pacientes.
3. Retirar os obstáculos ao redor da cama e nos principais locais de passagens.
4. Usar folder para pacientes e familiares sobre comportamento que previne queda.
Sabendo que as ideias de mudança precisam ser testadas em pequena escala antes de serem implementadas, vamos iniciar os testes?
Para testar as ideias de mudança, utilizamos a ferramenta PDSA. Os ciclos PDSAs possibilitam planejar as ações, testar em pequena escala, verificar se a ideia funciona ou não na prática e fazer os ajustes necessários de maneira ágil antes de implementar. Com o PDSA evitamos desperdícios de tempo e recursos e também diminuímos a resistência à mudança a ser implementada.
Leia o documento disponível no repositório com aspectos fundamentos sobre os testes utilizando a ferramenta PDSA.
Como você saberá que alcançou o objetivo? Quais medidas serão usadas? Em projetos de melhoria, precisamos mensurar indicadores que avaliem o resultado do nosso projeto e também os processos que irão influenciar diretamente o resultado. Quando um projeto evolui, primeiramente, os indicadores de processos mudam de patamar e consequentemente, isso levará a uma mudança nos indicadores de resultado.
Escolha os indicadores de processo e resultado que serão mensurados no seu projeto a partir do objetivo definido.
Arraste os itens.
Prevalência de quedas
Número de notificação de quedas
Percentual de adesão às medidas preventivas
Percentual de pacientes avaliados para o risco de queda na admissão na unidade
Tempo de permanência
Selecione a resposta correta.
Como você saberá que alcançou o objetivo? Quais medidas serão usadas? Em projetos de melhoria, precisamos mensurar indicadores que avaliem o resultado do nosso projeto e também os processos que irão influenciar diretamente o resultado. Quando um projeto evolui, primeiramente, os indicadores de processos mudam de patamar e consequentemente, isso levará a uma mudança nos indicadores de resultado.
Escolha os indicadores de processo e resultado que serão mensurados no seu projeto a partir do objetivo definido.
1. Prevalência de quedas
2. Número de notificação de quedas
3. Percentual de adesão às medidas preventivas
4. Percentual de pacientes avaliados para o risco de queda na admissão na unidade
5. Tempo de permanência
Durante o jogo, você foi convidado a liderar um projeto de melhoria para reduzir a prevalência de quedas na clínica cirúrgica. Você formou um time, vocês definiram em equipe o objetivo do projeto, priorizaram as ideias de mudança, classificaram as ideias como teste ou ação, tudo com boa organização e comunicação de forma objetiva e resolutiva. Em um projeto de melhoria, as ideias de mudança passíveis de teste apresentadas no diagrama direcionador devem ser testadas em diferentes escalas e escopos antes de serem implementadas. Paralelo aos testes e às implementações, os indicadores escolhidos precisam ser mensurados para acompanhar se as ações realizadas geraram melhoria.
Apresentamos os gráficos dos indicadores mensurados em seu projeto de melhoria ao longo dos 9 meses, quando você e sua equipe testaram e implementaram todas as ideias de mudança. Analisando os resultados, podemos observar que vocês atingiram o objetivo do projeto de melhoria. Agora, os pacientes da unidade cirúrgica estão mais seguros! Não esqueça, em projetos de melhoria, as mudanças precisam fazer parte da rotina dos profissionais para que as melhorias sejam sustentáveis.
Se, durante o jogo, você errou muitas alternativas, busque aprimorar seu conhecimento com os materiais do repositório e jogue novamente!
Agradecimento a toda a equipe do Projeto Paciente Seguro pelo apoio durante o desenvolvimento deste jogo.
CONTEÚDO
Priscila Martini Bernardi Garzella
Vitória Ceia Ramos Eckert
SUPORTE TÉCNICO DE CONTEÚDO
Luciana Yumi Ue
COORDENAÇÃO GERAL - Hospital Moinhos de Vento
Willian Adami
Júlio Cesar de Bem
Luciano Serpa Hammes
Maria Eugênia Bresolin Pinto
Daniela dos Santos
Elenara Ribas
COORDENAÇÃO GERAL - Ministério da Saúde
Luciana Yumi Ue
Ana Maria Costa Candido Lacerda
Rafael Leandro de Mendonça
PRODUÇÃO
André Lumertz Martins
Carmem Lisiane Escouto de Souza
Denise da Silva Leite
Diego Madia
Eduardo Petry Caletti
Giovana De Marchi Castelli
Inajara Caciqui de Bem
José Amilcar Zafalan Carrijo
José Fialho de Oliveira Júnior
Juliana Rõssler Ramires
Luciane de Almeida Collar
Natássia Scortegagna da Cunha
Paulo César Martins
Thiago dos Santos Studier
LANGLEY, G.J. et. al. Modelo de Melhoria. Uma abordagem prática para melhorar o desempenho organizacional. Tradução: Ademir Petenate. 1 ed. Campinas: Editora Mercado de Letras, 2011.
GROOT, Gudrun Cathrine Lindgren de; AL‐FATTAL, Ahmad; SANDVEN, Irene. Falls in hospital: a case–control study. Scandinavian Journal Of Caring Sciences: empirical studies. Estocolmo, p. 1-8. 11 jul. 2019.
CORREA-PÉREZ, Andrea et al. Fall-risk Increasing Drugs and Prevalence of Polypharmacy in Older Patients Discharged From an Orthogeriatric Unit After a Hip Fracture. Aging Clinical And Experimental Research. Milão, p. 969-975. jul. 2018.
O diagrama direcionador (DD) é uma ferramenta que agrupa as mudanças que devem ser testadas e implementadas para alcançarmos o objetivo do projeto de melhoria. Veja o DD de redução da prevalência de quedas.
Clique para ver o arquivoVeja dicas sobre o ciclo PDSA. Essa ferramenta possibilita planejar ações, testar em pequena escala, verificar se uma ideia funciona ou não na prática e fazer os ajustes necessários de maneira ágil antes de implementar.
Clique para ver o arquivoO seu time mensurou e analisou três indicadores durante o projeto de melhoria. Veja os resultados alcançados no arquivo anexo.
Clique para ver o arquivo